Nasci e fui criado em um lar católico, de ter livre acesso as casas dos sacerdotes romanos, tenho um tio que é Padre em São Paulo e este meu tio é um exemplo para toda família do meu pai da qual é irmão, joguei bola no time da minha paróquia, a paróquia São José Operário, com o Padre Oliveiro, homem muito digno que se tornou um grande amigo, sempre que precisava eu sabia que podia contar com ele, homem acessível e prestativo. Nunca gostei dos crentes, não me simpatizava com eles, porém o tempo passou e aos 11 anos de idade eu já era um DJ (disc jockey), e um bom DJ por sinal com todo aparato eletrônico e moderno da época, os discos de vinil eram importados dos EUA chegando a custar U$100.00 alguns, eu realizava algumas pequenas festas de discotecas, com o passar dos anos tudo foi se tornando mais sério, aos 18 anos eu já participava de programas de rádio, já promovia sozinho grande parte dos eventos, que na sua maioria eram bailes funk, contratava artistas renomados secularmente para se apresentarem na minha cidade e em várias outras também, fiquei razoavelmente conhecido por causa dos eventos de grande porte que participei, como Barão vermelho, kid Abelha, P.O Box, entre vários outros famosos da época. Mesmo com algum reconhecimento e recurso financeiro um vazio inexplicável sempre me acompanhava, ir na capela ajoelhar e pedir, já não era suficiente, eu queria sentir Deus, e o anseio de minha alma era de urgência, nos bailes que promovi, várias tragédias aconteceram de brigas a tiroteios, eu sempre tive livre acesso a vários lugares considerados perigosos na cidade do Rio, por causa da grande influência que tive com os grande promotores destes bailes, me recordo de uma reunião que foi marcada em frente ao shopping Rainha em Duque de Caxias com um dos maiores nomes do mundo funk, percebi seu atraso de mais de 1 hora, e resolvi ligar para os contatos que tinha, e um deles atendeu, perguntei pela pessoa que tinha uma reunião marcada comigo, e ouvi a seguinte frase: Você não está sabendo? Mataram ele ontem a noite e o corpo ainda se encontra no IML, foram mais de 50 tiros, na verdade ele foi executado, no mesmo instante resolvi voltar para a minha cidade e foi nesse período que o vazio aumentava a cada dia mais.
Eu não era um jovem comum, eu trazia muitas preocupações para meus pais, por sempre estar envolvido nestes eventos, alguns eram tão perigosos que fui chamado pela prefeita de minha cidade para acabar com esses eventos, mas nunca dei ouvidos até que o tempo de Deus chegou na minha vida e um amigo me fez o convite para ir na Igreja Batista, resisti por umas 3 semanas, mas na quarta semana fui com ele no culto dos crente, chegando lá numa quarta-feira vi muitas pessoas que eu conhecia, depois do primeiro culto eu não queria perder mais nenhum, batizei após 5 meses na Igreja, me casei e hoje estou ai, lutando em prol do Reino de Deus, o Evangelho está chegando em minha casa e Deus usou a minha vida para isso, quem pode explicar isso? Os planos e projetos de Deus são arrojados, jamais pensei em ser um líder da Igreja do Senhor, jamais me vi usando terno e roupas sociais, mas Jesus sempre me via diferente, a minha conversão foi tão impactante que num dos cultos que eu estava pregando uma freqüentadora de meus bailes parou na porta da Igreja e disse: Este ai é o DJ Eduardo? Disseram sim, agora ele é crente, a moça entrou pelas portas e disse, se Deus fez esse milagre na vida dele é porque este Deus é poderoso mesmo e quero também esse Deus, hoje esta amada irmã é batizada e pertence a nossa denominação na cidade de Cataguases, como pode isso? dos palcos do mundo para o altar do Senhor.
Eduardo Santos colaborador de Cristo, pastor é Jesus
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